Os portáteis de emulação estão em alta no mundo todo, inclusive no Brasil. A china, como sempre, vem dominando o mercado e já lançou dezenas de modelos diferentes, deixando até o consumidor bem confuso.
Todos estes portáteis, utilizam chips de “prateleira” e usam emuladores para fazer com que os jogos antigos rodem no aparelho. Algumas empresas líderes neste sentido são a Anbernic e a Retroid.
FPGA
A sigla é estranha, o significado mais ainda, mas a tecnologia FPGA (Field Program Gate Array – Algo como Matriz de Portas Programável em Campo) promete e entrega uma performance muito superior em relação aos emuladores e explicamos abaixo o motivo.
Um chip, é um dispositivo eletronico e equipa todos os aparelhos hoje em dia. Cada chip é composta basicamente por uma matrix, com portas que se abrem e fecham (o tal zero e um) para realizar determinada operação. E cada chip tem sua arquitetura, ou seja, tamanho da matriz, quantidade de camadas dessa matriz, energia de consumo, e distância dessas portas, entre muitos outros fatores, como o “esqueleto” desse chip, ou seja, uma determinada quantidade de portas de entradas e saídas.
Um chip FPGA resumidamente falando é um chip em que suas portas são programáveis, ou seja, o chip “se ajeita” para copiar um chip original. Por exemplo, o Mega Drive tem um chip Motorola 68000, fora o chip de som. Quando carregamos um “core” (o programa que diz ao FPGA como agir) do Megadrive por exemplo, ele muda o chip dele para imitar o chip morotola 68000 assim como todos os outros chips do mega drive. Com isso o jogo carrega e roda como se estivesse realmente rodando em um Megadrive, com todas suas limitações da época.
Ou seja, o emulador, pega o software (jogo) e o traduz para os processadores atuais. O FPGA pega o console e imita o chip original antes de carregar o jogo.
Performance e Compartibilidade
Como tudo nessa vida, há prós e contras com a tecnologia FPGA. A parte boa é claro, como citamos, a performance beirando ao original (se não for exatamente a mesma), já que o chip original está sendo imitado pelo transformer FPGA.
Isso por sí só tem uma grande limitação: É necessário obter a documentação completa do hardware que se deseja imitar. E mesmo com a vasta internet nem tudo é tão fácil de achar.
Por isso a quantidade de consoles que se pode emular nestes aparelhos se torna limitada, quando falamos de arcade, a limitação é maior ainda, já que a maioria dos arcades tem sua própria placa, ou sua placa só roda alguns jogos da propria empresa, como no caso CPS1 e CPS2 da Capcom.
Gameboy
A Analogue (https://www.analogue.co/), fundada em 2011, é uma empresa americana que se dedica a criar produtos que celebram e exploram a história dos videogames de maneira autêntica. A empresa é conhecida por seus consoles de alta qualidade que recriam fielmente os consoles clássicos dos anos 80 e 90, como o Super Nintendo, Mega Drive e Neo Geo.
Alguns destaques da Analogue:
Foco na preservação: A Analogue se dedica a preservar a história dos videogames. Seus consoles são projetados para serem compatíveis com cartuchos originais, permitindo que os jogadores revivam seus jogos favoritos da maneira como foram originalmente concebidos.
Alta qualidade: Os consoles da Analogue são fabricados com materiais premium e atenção meticulosa aos detalhes. Eles oferecem uma experiência de jogo superior aos consoles originais, com melhor qualidade de imagem e som, além de recursos adicionais como retrocesso e filtros de vídeo.
Edições limitadas: A Analogue lança seus consoles em edições limitadas, o que os torna itens de colecionador procurados. Os preços podem ser altos, mas os consoles geralmente se esgotam rapidamente.
Entre os principais consoles criados pela Analogue, está o Analogue Pocket: Um console portátil que recria fielmente o Game Boy, Game Boy Color e Game Boy Advance, rodando seus cartuchos originais, sem necessidade de nenhum adaptador.
O console ainda roda cartuchos de NeoGeo Pocket, Atari Lynx e Game Gear, todos com adaptadores, vendidos separadamente.
Além da compatibilidade nativa citada acima, a Analogue lançou em uma atualização de firmware a possibilidade de se criar “cores” para o aparelho, utilizando uma biblioteca open source chamada openFPGA. Com ela os desenvolvedores podem criar compatibilidade livremente para o aparelho com os mais diversos consoles/arcades.
Se não bastasse ainda tudo isso, o aparelho ainda é um DAC profissional, podendo criar/sintetizar músicas e loopings com ele.
Calma que não é só isso. O portátil ainda possui uma biblioteca / api open source chamada GB Studio, onde qualquer um pode criar um jogo para ele.
Dock
Assim como o Nintendo Switch, o analogue pocket possui um dock, vendido separadamente, que da ao portátil o poder de transferir a jogatina para a tela da TV via HDMI. De quebra ainda é possível conectar 2 controles USB ou até 4 controles via bluetook ou wifi 2.4G.
Mas essa brincadeira toda tem seu preço. E bem salgado. O Analogue pocket não é enviado diretamente para o brasil e custa $219.99, que daria cerca de R$ 1.100,00 em conversão direta, sem contar impostos e frete. O valor fica ainda mais salgado quando precisamos intermediar essa entrega pra uma caixa postar nos EUA.
O dock também não fica atrás. Para ligar essa belezinha na TV você vai desenbolsar mais $129.00 ou cerca de R$ 650,00.
Para mais informações, visite o site oficial (em inglês).